'Frágua de Amor'
Gil Vicente
"...porque jamais coisa boa sem amor se conseguiu"!
Os actores d’A Escola da Noite e os músicos d’O Bando de Surunyo levam a palco a peça “Frágua de Amor”, escrita por Gil Vicente em 1524 para celebrar o casamento de D. João II com D. Catarina. O desafio foi do Teatro Académico de Gil Vicente e a peça ainda vai estar em cena hoje e amanhã, no TAGV. A Cenografia de Luísa Bebiano e João Mendes Ribeiro abraça o palco com o universo de Gil Vicente, e a encenação é de António Augusto Barros, director da companhia de Coimbra, A Escola da Noite.
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Este é um espetáculo em que as linguagens do teatro e da música se encontram em palco, 500 anos depois da peça ter sido escrita
FICHA TÉCNICA:
texto: GIL VICENTE | tradução dos versos em castelhano: JOSÉ BENTO | encenação: ANTÓNIO AUGUSTO BARROS | direcção musical e música original: HUGO SANCHES | interpretação: ANA TERESA SANTOS, CARLOS MEIRELES, IGOR LEBREAUD, MARIA QUINTELAS, MIGUEL MAGALHÃES, MÓNICA CAMAÑO, NUNO MEIRELES, RICARDO KALASH, SÉRGIO RAMOS | música: EUNICE ABRANCHES D’AGUIAR (soprano), IRENE BRIGITTE (soprano), PATRÍCIA SILVEIRA
(alto), CARLOS MEIRELES (tenor), SÉRGIO RAMOS (baixo), HUGO SANCHES (alaúde e guitarra),
XURXO VARELA (viola da gamba), CARLOS SÁNCHEZ (corneta e flauta), RITA RÓGAR (flauta) | cenografia: JOÃO MENDES RIBEIRO, LUÍSA BEBIANO | figurinos e adereços: ANA ROSA ASSUNÇÃO | desenho de luz: DANILO PINTO | cabelos: CARLOS GAGO | maquilhagem: RAQUEL RALHA | assistência de encenação: ANA TERESA SANTOS, IGOR LEBREAUD, MIGUEL MAGALHÃES | assistência de direcção musical: CARLOS MEIRELES | assistência de dramaturgia: NUNO MEIRELES | direcção técnica e de montagem: RUI VALENTE | operação de luz: DANILO PINTO | operação de som: ZÉ DIOGO | mecânica de cena: RUI VALENTE | montagem: DANILO PINTO, DIOGO LOBO, RUI VALENTE, ZÉ DIOGO | rigging: NUNO GUEDES | assistentes de cenografia: GIL ABREU, BÁRBARA FIGUEIRA | execução de cenografia: MIGUEL FERRAZ / SERRALHARIA DO CONVENTO | execução de figurinos: ALDA CLEMENTE, ELSA RAJADO, MARIA DO CÉU SIMÕES | execução de adereços: ANA ROSA ASSUNÇÃO, DANILO PINTO, DIOGO LOBO | direcção de cena: MIGUEL MAGALHÃES | pesquisa musicológica: PAULO ESTUDANTE, HUGO SANCHES (Mundos e Fundos – CECH) | pesquisa de repertório, edição e arranjos: HUGO SANCHES, CARLOS MEIRELES | apoio científico (música): JOSÉ ABREU, PAULO ESTUDANTE (Mundos e Fundos – CECH) | fotografia: EDUARDO PINTO, JOÃO DUARTE /TAGV | imagem: ANA ROSA ASSUNÇÃO | produção: EDUARDO PINTO, JULIANA ROSEIRO, MARIANA BANACO | comunicação: EDUARDO PINTO, MARIANA BANACO, PEDRO RODRIGUES e MARISA SANTOS /TAGV | co-produção: A Escola da Noite, O Bando de Surunyo, Artway, Centro Dramático de Évora, Centro Dramático Galego, Teatro Académico de Gil Vicente e Teatro Nacional São João no âmbito da Rede de Teatros e Cine-Teatros Portugueses
Agradecimentos: Assírio & Alvim, Blue House, Catarina Moura, Carolina Costa Andrade, Cena Lusófona, Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos, Delfim Leão, Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo, Fernando Matos Oliveira, Filipe Fidalgo, Jorri, José Augusto Cardoso Bernardes, Luís Pedro Madeira, Maria Assunção Andrade Campos, Marionet, Paulo Estudante, Porto Editora e Tiago Manuel Soares.
Um agradecimento especial a toda a equipa do Teatro Académico de Gil Vicente.
Parceria com o LIPA – Laboratório de Investigação e Práticas Artísticas da Universidade de Coimbra
A Escola da Noite e a Artway são estruturas financiadas pela Direcção-Geral das Artes do Ministério da Cultura. A Escola da Noite conta com o apoio do Município de Coimbra.
𝐅𝐫ág𝐮𝐚 𝐝𝐞 𝐀𝐦𝐨𝐫, uma peça sobre amor e mudança, foi escrita há 500 anos por Gil Vicente para celebrar o casamento de D. João III com Dona Catarina.
“Mesmo nestes divertimentos não largou a veia crítica que sempre desenvolveu. E aproveitou, uma vez mais aqui, para zurzir na Igreja e na quantidade de frades inaudita que viviam nos conventos, muitas vezes, com grande dissolução de costumes. Eram ociosos. Tal como o clero, a nobreza também. Sempre foram os motivos críticos dele”, assinala o encenador António Augusto Barros.
@João Duarte
Em Tordesilhas assina-se um contrato de casamento entre D. João III e D. Catarina, irmã do poderosíssimo Carlos V, de Espanha. Para comemorar a união, é encomendado teatro a Gil Vicente. Apresenta em Évora a "Tragicomédia da Frágua de Amor", festa sobre amor e mudança. Peregrinos e romeiros ouvem falar da fama dos reis e de como o amor os juntou.
@Eduardo Pinto
Cupido fugira da mãe Vénus para ajudar D. João III a conquistar o castelo maravilhoso, metáfora de Catarina. Vénus, deusa da música, com lágrimas transformadas em canções, procura o filho. Este inventou uma forja especial (a tal frágua) que prepara Portugal para um novo tempo. É uma máquina movida com a música dos planetas e dos gozos de amor, que transforma quem quiser em algo melhor. Refundir a portuguesa gente, diz-se. Vários se apresentam para a refundição: escravos negros, parvos, pagens, frades.
@Eduardo Pinto
Até a justiça quer ser reformada na frágua. Gil Vicente, pelo teatro, mostra como a justiça tem de ser reformada "para o resto não se perder”. Em 1524, talvez tenha entrado Gil Vicente e um grupo experimentado de companheiros. Aqui, em 2024, uma nova companhia se juntou, entre os actores d'A Escola da Noite e os músicos d'O Bando de Surunyo, para a festa que tudo transforma em nome do amor.